quarta-feira, abril 30, 2008



Música e Comida

Há músicas apropriadas para qualquer situação.
Há músicas para comer? É certo que tenho fome quando ouço algumas. Mas uma sensação muito mais inusitada é fome da própria música. Tenho que confessar que isso também me ocorre!

Clique na imagem para assistir um 'clip comestível'!

Música 'Entre Amigos' Composição de Jabá.
Participo tocando trompete.
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terça-feira, abril 29, 2008


Barba? Terças e Sextas.
Não Amole!


Barbear. Comecei cedo e eu mesmo fazia o trabalho. Escolhi Gillette. Uma navalha mais segura! Nunca precisei afiar. Pedras de amolar? Nunca!
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segunda-feira, abril 28, 2008


Por um Fio


Ao giro da esfera e sua velocidade!
(Estonteantes são os encontros.
Efêmeros, os desencontros)
Mais uma volta!
No fio da navalha de Ockhan,
Se perde o fio e o novelo;
E gira!
Acha o caminho antes de perdê-lo.
Se parte!
O que fica e o que vai são inteiros.
E mais um giro antes do grito -
Viva!
Vivo!
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Do Cesto (#1)


Projetos que foram parar no cesto de lixo por razões óbvias.
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sexta-feira, abril 25, 2008

Terremoto


Terremoto em São Paulo. Eu sobrevivi!
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quarta-feira, abril 23, 2008


Clichês


Não gosto de clichês. Mas cada um, cada um. Não critico. Vivo e deixo viver. Confesso que já usei. Vivendo e aprendendo!
C'est la vie! Temos que concordar que há uma verdade em cada clichê. Quando os encontro, o que posso fazer é sorrir e rir é o melhor remédio! Carpe diem!
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terça-feira, abril 22, 2008

É Laço!

Até onde me lembro, nunca dei o laço do tênis com o velho método 'orelhinhas de coelho'. Há que se ter muita imaginação? Segura-se os cadarços como que fazendo duas orelhas. Para isso usa-se a habilidade que, em matéria evolução, nos mantém anos-luz à frente de outros animais (os quais não usam sapatos) - o 'formato pinça' que os polegares opositores podem proporcionar.

O que se segue é cruel! As orelhas se cruzam e tocam em suas metades. A orelha de trás recurva-se e projeta-se para frente sobre a outra. Daí, dobra e se mete pelo vão que a posição gerou. Finalmente, a pinça da mão direita a puxa para fora no sentido contrário e a pune com a puxadela final. Funesto!


Sempre me vali do que achava mais lógico e adulto: a mão direita agarra o que prefiro chamar de 'o chifre do unicórnio', cujo sentido mitológico acredito ser mais rico que o lebre do método anterior. A outra parte do cadarço, desdobrada, laça o corno seguindo sua espiral. A seguir, cria-se a rédea desse cavalo fantástico. Esse método supera o anterior pela atração que esses seres mitológicos têm pelas virgens e vice-versa (Vide a pintura de 'Virgin and Unicorn' de Palazzo Farnese).

Ao descobrir que o objetivo da aproximação da virgem ao pobre cavalo era entregá-lo aos caçadores, desisti do método. Veja o texto atribuído a Leonardo da Vinci.

"O unicórnio, através da sua intemperança e incapacidade de se dominar, e devido ao deleite que as donzelas lhe proporcionam, esquece a sua ferocidade e selvageria. Ele põe de parte a desconfiança, aproxima-se da donzela sentada e adormece no seu regaço. Assim os caçadores conseguem caça-lo."

Funesto!

Estou muito mais feliz com a minha mais nova habilidade. Veja meu método na figura abaixo. Estou ocupando muito menos tempo com as divagações.


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segunda-feira, abril 21, 2008


Piadas

Por que será que as melhores piadas, as universais, simplesmente sucumbem nas bocas de certas pessoas? Não sei ao certo a razão.

Mas há uma regra. Se alguém deseja estragar a piada do início, comece com a frase:
- Vocês vão morrer de rir com essa piada!

Não, não! Mil vezes não! Quando ouço essa frase e suas variações já começo a pensar - Devo encontrar meus sentimentos mais altruístas e compassivos
no íntimo, para corresponder às expectativas. Devo morrer de rir -. Quanto mais penso assim, mais deprimido fico e não posso oferecer mais que a esmola de um sorriso amarelo.

Talvez o ritmo tenha papel decisivo na destruição de uma piada. Meu Deus, quanta piada já foi para o ralo por uma sincopação de mau gosto, por o final dito na hora errada ou pelo enredo ser tão lento que não sobra paciência para o desfecho. Essa última situação é agravada, quando o final fica evidente no começo. Piada assim é tortura!

Escuta, ainda tem gente que acha graça em piadas machistas, étnicas e religiosas? Por favor, me poupem!

E quando o contador da piada começa a gargalhar desde o início? A aflição se multiplica, a ansiedade se instala. Começamos a rir da gargalhada dele, por cortesia, até que se recomponha para pronunciar palavras mais inteligíveis. Nesse ponto já está na hora de ir embora!

Não sei se essa constatação veio porque estou ficando velho, mas parecem haver muito poucas piadas no mundo. Parece que estou ouvindo as mais novas pela terceira vez. Alguém tem uma piada realmente nova?
Piadas, talvez essa seja uma instituição que não evoluiu. Talvez acordei um pouco deprimido!
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segunda-feira, abril 07, 2008
















Rapport

Ouço cada vez mais essa palavra. Rapport. Estabelecer rapport. Estar em rapport. Praticar rapport.

Bom, estamos claros que os (bons) vendedores, nossos amigos mais simpáticos e as pessoas que consideramos carismáticas exercitam o tal
rapport. Afinal, de que se trata?

Rapport
é um tipo de relação marcada pela harmonia e afeição. Quando estamos em rapport com determinada pessoa, seremos tratados por ela como alguém que tem sua confiança e simpatia.

O estranho é que há certas técnicas simples que, quando corretamente aplicadas, segundo contam os estudiosos, criam a sensação de
rapport em uma entrevista ou qualquer encontro. É possível que a pessoa com quem conversa imagine ter encontrado a alma gêmea. Será? Eis algumas das técnicas:

1] Estabeleça para si o mesmo ritmo do seu interlocutor. Entonação, velocidade da fala. Busque imitá-lo;
2] Busque espelhar seus gestos, expressão facial, maneira como se senta, imitando-os discretamente; torne-se um com o seu par;

3] Busque acuidade sensorial para entrar nas sensações que a pessoa com quem está conversando se encontra.


Estarão as pessoas que mais apreciamos praticando secretamente técnicas aprendidas em livros do tipo Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas - Dale Carnegie (Editora Nacional)
, ou serão eles naturalmente irresistíveis?

Ah, bobagem!

De qualquer sorte, não apreciamos ninguém que fala conosco sem nos olhar nos olhos ou se desvia do assunto que propomos, certo?
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quinta-feira, abril 03, 2008

Conselhos

Ouvi meu pai contar algumas vezes uma história três personagens - um velho, uma criança e um burro - e quatro cenas.

Cena 1 - Velho montado; a criança o acompanha andando atrás do burro.
Um confinante diz: Como pode esse sibarita fazer tal coisa? O inocente sofre tendo que o acompanhar andando, enquanto ele desfruta o luxo da montaria.

Cena 2 - A criança montada, o velho seguindo o burro a pé.
Mas veja! No final da vida, com esses cambitos, sofre andando enquanto o mais jovem e citígrado vai montado!

Cena 3 - O velho e a criança montados no tetrápode.
Pobre animal! Esfalfado e carregando dois nos lombos!

Cena 4 - A figura aberrante aí a esquerda!

Muitas vezes, o melhor é não ouvir conselhos!


Confinante - Que faz fronteira, vizinho.
Sibarita - Farrista, indolente [Do latim sybarita, habitante de Síbaris, Itália, cidade conhecida por sua morosidade e luxo].
Cambito - Perna fina [Variante nordestina do italianismo 'gambito'. Gamba, do italiano, perna].
Citígrado - Que anda depressa [Latim. Citus, 'rápido', gradus, 'passo'].
Tetrápode - Que tem quatro pés [Grego. Tetra + podos]
Aberrante - Que é fora do normal [Do latim ab, 'fora de', e errare, 'andar']
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