O Google é o oráculo da internet. Se houvesse uma sucursal do Google aqui em minha pequena cidade, eu iria todos os domingos à noite depositar minhas oferendas. É o Google que responde nossas rezas. É ao Google que fazemos nossas confissões. Quem nunca desejou saber o que se passa num confessionário? Que palavras são ditas pelos que se prostram no genuflexório e escancaram seus pecados ao sacerdote? Eles são proibidos de falar, mas o Google não tem esse compromisso de silêncio. Ele publica todo mês as palavras ditas ao seu pé do ouvido pelos internautas mundo afora.
A idéia é interessante. Esse espaço no Google é chamado de Zeitgeist, um substantivo alemão com aquelas pronúncias típicas 'tsIt-"gIst, 'zIt. Zeitgeist é formado de Zeit, tempo, e Geist, espírito (lembra ghost, não?). O significado é “o clima intelectual, moral e cultural de uma era”. Vejamos como andou o clima moral e cultural dos brasileiros em Abril, por exemplo.
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1. Jorge Vercilo 2. Lívia Andrade 3. Carlos Chagas 4. Pitágoras 5. Pushing Daisies 6. Itachi Uchiha 7. Power Ranger 8. Asa de Águia 9. Afrodite 10. Lei Maria da Penha 11. Jensen Ackles 12. Yu Gi Oh 13. Daniel Radcliffe 14. Mães 15. Van Helsing.
Temos pelo menos quatro mulheres na lista. Quem é Lívia Andrade ali no segundo lugar? O oráculo responde! A malandrinha que saiu em pêlo na Playboy. Ela está disparada se comparada a nono lugar dado Afrodite, deusa grega da beleza e do amor. O termo “afrodisíaco” vem daí. É ela que os romanos chamam de Vênus. Ela é mãe de Hermafrodito, cujo pai é Hermes. O termo “hermafrodita” vem daí. Também é mãe de Eros. O termo “erótico” vem daí. Depois, na décima colocação, humildemente, Maria da Penha. A Lei nº 11.340/06 que reza sobre a punição para os que praticam violência contra a mulher recebe esse nome em sua homenagem. Em penúltimo na bula de Abril do Papa Google, a palavra mães (Maio foi mês das mães). Provavelmente todos nós viemos daí.
Lembrando a ordem? Malandrinha, Afrodite, Maria da Penha e Mamãe. Esse é o clima intelectual, moral e cultural da nossa era. Não há decepção. Temos um lenitivo no quesito “intelectual”: Pitágoras veio antes do Power Ranger. Bê ao quadrado menos quatro a cê.
Fonte dos dados.
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6 comentários:
Nosssa.oque seria de nós sem o Google....Nem quero imaginar!!
teriamos que reviram livros...e mais livros, nesse caso sempre quando vc quar achar alguma coisa...vc não acha e quando vc não etá procurando....lá está ela!
Algumas pessoas costuman fazer perguntas ao Google.
Mais não sabia que el disponibilizava oque é digitado no campo de busca!!
bem Legal...teve ter cada pesquisa!!!
Abraços...
Não vou comentar seu texto agora pois vim responder a sua pergunta (qual foi aceita e postada) no comentário do meu blog:
__ Sim. "Monólogo de uma Sombra" é o título de uma poesia de Augusto dos Anjos... Porém "Monólogo de uma Sombra de SACO CHEIO" é meu. De modo que, como poeta (http://poetas-unidos.blogspot.com) me dou o luxo de satirizar com este título para ilustrar meus agressivos textos. Se você ler algo de Carl Jung, verá que algumas vezes se refere a Sombra (arquetipo da psique) levando um saco, qual está cheio de repressões, se me permite esclarecer a resposta à tua tendenciosa pergunta.
Outra coisa: Internet informa sim, do contrário, você não faria uso da mesma para expor seja lá o que exponhas (com todos meus respeitos) já diga o que diga este tal "zé ninguém não sei quem" qual mencionaste.
Agora lerei os teus textos para ver o que passa pela tua cabeça, Também. E... quem sabe... comentarei.
Wow! Não esperava que meu comentário fosse despertar tanto acinte. Conheço Psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, embora talvez não tenha dado o merecido tempo às suas obras – ao menos não o suficiente para conhecer o tal “saco da sombra” (talvez por olhar com desconfiança a sua simpatia ao Nazismo). Certamente o conceito não está na sua autobiografia, Memórias, Sonhos, Reflexões nem nas cartas enviadas a Freud. Me desculpo por ter ficado curioso com os títulos similares, excetuando o “saco cheio”.
Hehe... não despertou nenhum acinte... simplesment sou categórica e expressiva.
Carl Jung não se refere literalmente a nenhum *saco, esta conclusão "digamos simplista" procede do livro "Espejos del Yo" (Edição à cargo de Christine Downing) donde se amalgama Carl Jung, Robert Bly, Connie Zweig, entre outros, com o qual me sinto indentificada e convencida, dada a esta magnífica tese, lida há muito anos atrás.
Lerei o seu blog, e visitarei mais vezes sim.... Os textos convencem. mas falta design.
Quem vive sem Google?
Ninguém nem "...limpa a bunda..." )from Requiem) hoje sem o google e orkut..
Acho o oráculo da internet o Wikipedia.
Como viver sem o Google nos tempos de internet? Impossivel!!!
Abracao e obrigada pela visita.
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